domingo, 23 de junho de 2013

Leis da Atração 8- Se beber... Não suba a escada

Leis da Atração

Se beber... Não suba a escada

Capítulo 8

Narração Bella


– Bella você tá louca? O que deu em você para se embebedar desse jeito a ter de ser escoltada por seu próprio assistente?

– Eu não sei. - Falei chorando. - Só quero dormir ok? Leve-me pro meu quarto. - Minha voz saía enrolada.

– Seu quarto? Sim pode até ser, mas antes chuveirada fria pra deixar de ser irresponsável!

– Para quê? Você não é minha mãe!

– Imagina se eu se fosse sua mãe! Eu te daria uma surra! Se seu pai sabe de uma coisa dessas você tá é frita!



Ela me ajudou a subir as escadas, e assim que chegamos ao andar superior, Mell saiu de seu quarto, assustada.

– Tia Bella está doente mamãe?

– Não meu docinho, vamos de volta para seu quarto.

Alice se descuidou de mim por frações de segundos para falar com ela e eu me desiquilibrei e saí rolando pela escada.

Só ouvi um grito de desespero de Alice e Mell e depois disso mais nada.

[...]

Acordei em um quarto de hospital, minha cabeça latejava, demorou um pouco para eu perceber onde eu estava.

– O que eu tô fazendo aqui? - Perguntei ainda meio grogue.

– Isa! - Alice fez cara de alívio. - Como você está?

– Estou bem Alice, sério. O que aconteceu?

– Você não se lembra? Claro que não, é uma cú de cachaça!

– Eu me lembro de ter exagerado um pouco na bebida.

– Tá de brincadeira com a minha cara Isabella Swan? Um pouco? Você nunca bebe um pouco! Tá, mas o que mais você lembra?

– Lembro mais ou menos que Edward me trouxe pra casa. E quando rolei a escada.

– E você não está preocupada por ter sido trazida por Edward ou pior por ter bebido todas no bar o qual ele trabalha?

– Não. - Dei de ombros. - Ele não é louco de comentar com alguém!

Narração Edward.


– Quer dizer que sua chefa bebeu todas ontem e você teve que levá-la pra casa? - Perguntou Emmett sorrindo malicioso.

– Sim Emmett, já é a terceira vez que você me pergunta a mesma coisa, cara!

– Desculpa aí primo, mas é que isso é muito engraçado.

– Eu a entendo de certa forma. Sabe? Parece que tá com muitos problemas, inclusive um amoroso aí já viu, beber pra esquecer, esse parece ser o lema de Bella.

– Cara ela nem parece que é desse tipo.

– Isabella não é desse tipo, cara não fale asneira, ela é uma mulher inteligente e que subiu na vida, e trabalhando com ela eu posso dizer que não subiu por causa do nome do seu pai somente, isso ajuda, mas ela tem garra.

– Olha o Edzinho defendendo a chefinha, uma noite de bar e já acha que tem intimidade cabroco, sai dessa.

–Não é intimidade seu tapado, é a realidade, e agora me deixe ir que eu tenho que ir para aula.

– Ué aula? Não vai trabalhar?

– Hoje não, pelo menos pela manhã, temos prova esta semana e hoje tem aulas de revisão, esqueceu que não me formei ainda?

– Ah é mermo.

– Mesmo... Aprenda a falar ou vai ser sempre o caipira na cidade.

– E ué? Eu sou mermo, só que sou gostoso.

– Sai fora, eu me vou que o dia é longo, e você vai trabalhar só de gigolô de madame, emprego de verdade nada?

– Ei seu jumento é gogo boy. - Ele falou pausadamente o que me fez rir. - Não ri não, mas sério cara eu vou até dar uma olhada mesmo, oia falei certo, eu preciso cara.

– Tudo bem, não vai se perder na cidade.

– Idiota, meu celular tem aquele bagulho de mapa, como se chama?

– GPS, use-o então, fui cara! - Peguei minhas coisas, e quando ia pensar em pegar minha magrela, lembrei-me que ela estava no escritório, peguei o ônibus mesmo.

Chegando à faculdade, Caroline veio em minha direção.

– Ed!!!

– Oi Barbie.

– Me conte tudo e não me esconda nada.

Assustei com essa abordagem, suspirei fundo, será que ela sabia de Isabella no bar?

– Do que está falando maluca?

– Ah Edward ontem foi assunto o dia todo no escritório sobre você e a senhorita Dragão presos no elevador, e aí como foi? Deve ter sido horrível aguentar aquela mulher.

Imagens do dia anterior invadiram minha mente, não foi de um todo ruim é claro, eu pude ver que Isabella não passa de uma garota assustada, isso eu disse garota, pois é exatamente isso uma garota, ela pode ser uma mulher imponente em seu trabalho, mas ela não teve muito tempo a uma vida pessoal e isso a fez ser de certa forma confusa, eu filosofando sobre Isabella? Eu só posso estar doido.

– Edward!!!!! - Caroline Gritou.

– Que foi?

– Onde estava? Eu te fiz uma pergunta!

– E aí galera! Saco isso ter que estudar revisão, mas eu necessito. Você Cullen em nem necessitava estar aqui sei que sabe tudo sabichão, e aí em quem diria, como foi ficar preso com um dragão daqueles, apesar de que eu gostaria de ficar sabe eu ia mostrar umas e outras para aquela mulher que ela saía mansinha daquele elevador.

Olhei para Jacob que chegou todo eufórico parecia uma matraca.

– Bem não foi de um todo ruim, ela não é esse dragão que tanto falam.

– Ei olha o cara! Está defendendo a Bruxa, nem adianta cara, ela já tem dono, o pessoal todo do escritório comenta sobre ela e o promotor.

– Ai aquele promotor, é lindo, pena que tem que aturar a megera. – Perplexos olhamos para Caroline. - Ué parem de me olhar assim credo, ele é lindo e tem um sotaque, olha o dia que ele teve reunião com Damon, eu quase nem me concentrei somente reparando na forma que aquela boca se movia.

– Barbie, cala a boca, o papo aqui é de macho, nada dessa bobeira de boca e sotaque.

– Nem vem Jacob que foi você que se intrometeu na minha conversa com Edward.

Aqueles dois me infernizaram a manhã toda, eu quase nem prestei atenção na revisão, e eu não queria levar bomba em nenhuma prova, eu dependia disso, meu estágio também.

Almoçamos juntos no restaurante da universidade e seguimos até o escritório. Como dividimos a corrida os três, deu até para pegar um taxi.

Chegamos ao escritório e ao entrar no elevador Jacob ataca novamente.

– Cara estou com medo deste elevador, só que se estivesse com a gostosa da Swan eu não estaria com medo.

– Idiota! - Fiz uma cara de revolta, o que ele dizia.

Jacob ficou no andar que ele trabalhava, e continuamos somente Caroline e eu.

Ao descer do elevador, Caroline foi se direcionando a sala do Salvatore, mas Elle me chamou.

– Acho que alguém está sem trabalhar hoje!

– Como?

– Sua chefa, nossa chefa, bem ela não veio hoje, isso quer dizer que você está sem trabalho.

– Elle, eu sou estagiário, com certeza vai aparecer algum trabalho.

Sorri para ela, mas no meu íntimo eu ainda estava preocupado, a senhorita dragão, quer dizer Swan, ela não era de faltar.

– Edward meu jovem, quer dizer, cara eu demoro acostumar que temos quase a mesma idade, geralmente os estagiários são mais novos.

– Não precisa se desculpar senhor Salvatore. - Damon entrava e segurava em meu ombro como se fôssemos grandes amigos.

– Que essa de Senhor, vamos venha até minha sala.

Olhei para Elle mostrando que realmente eu não ficaria sem trabalhar.

Entramos em sua sala Caroline estava sentada lixando as unhas, imaginei que Damon diria alguma coisa e nada, ela continuou ali.

– Bem Edward já ficou sabendo que Bella não veio hoje? - Ele sentou-se e cruzou seus dedos, inclinando na cadeira.

– Sim, e tenho trabalho?

– Edward, eu não vou lhe dar trabalho, sem Bella até eu confesso que estou perdido no meu atual processo.

– Mas tenho uma papelada eu posso te ajudar a Senhorita Swan é muito organizada e eu entendo tudo.

– Edward eu vou até o hospital ver minha amiga.

– Ela está no hospital? - Não escondi meu espanto e arrisco dizer minha preocupação. - Quer dizer, o que houve com a senhorita Swan?

– Edward, minha amiga pode ser a mulher mais responsável no trabalho, mas em sua vida pessoal, ela deixa muito a desejar.

Ferrou, ele me chamou aqui e agora em frente a Caroline ele vai falar da bebedeira de Bella?

– O que foi que houve? - Fiz-me de desentendido.

– Ela não cuida de sua saúde, mesmo avisando a ela, e teve uma queda de pressão estava próxima a escada e caiu segundo Alice, o que eu quero é que ajude a Caroline aqui, e antes do almoço os dois estão liberados, eu vou ver minha amiga, antes vou até o fórum resolver algumas coisas com Klaus.

Bem eu sabia o que ia fazer com essa folga.


Narração Bella


– Eu quebrei um pé e um braço! - Esbravejei quando olhei para meus pés e senti o gesso pesado em meu braço esquerdo. Retardada eu, como não senti isso antes?

– Quebrou né? Alguma consequência você teria, isso foi uma loucura das bravas!

– Já avisou a Damon?

– Já sim. Eu falei que você desmaiou perto da escada porque teve queda de pressão.

– Ainda bem! Ele ficaria uma fera se descobrisse o real motivo!

– Ficaria mesmo. Mas enfim ele virá aqui quando sair do escritório.

– Até quando eu ficarei aqui Alice?

– Até amanhã de manhã Bellita.

– Mas por que se eu só quebrei um pé e um braço?

– Você ainda diz só, fuleira?! Olha o médico precisa fazer uns exames aí. Só tava esperando o álcool sair do seu sistema, sacou? - Ela me olhou com cara de divertida.

– Vou ter que ficar sozinha é?

– Sim, eu tenho que ir pra boate infelizmente, senão eu ficaria aqui com você, mas quem sabe você não recebe nenhuma visita hein?! Bom quando eu sair, passo aqui com a Mell ok?

– Ok.

O tédio baixou, bufei contrariada. Remexi-me inúmeras vezes naquela maca. Até que o médico chegou.

– Como está se sentindo senhorita Swan?

– Tô me sentindo bem doutor... Jajá? Quer dizer... Elijah? Que surpresa!

Ele sorriu encantadoramente. Ah, o que tinha o sorriso dos Mikaelson?

– Senhorita Swan, seu quadro não é grave, o mal estar é por conta do álcool, no seu caso somente teve duas fraturas.

– Então já pode me dar alta? - Sorri amarelo.

– Ainda não! Faremos novamente alguns exames e provavelmente amanhã de manhã você já terá alta.

– Ok. — Suspirei frustrada, Bem meu plano de saúde era um dos melhores, e isso significava que eles iriam aproveitar ao máximo tirar dinheiro deles, com quantos exames eles pudessem.

Eu já havia tomado alguns medicamentos, meus olhos já pesavam. Foi quando a porta se abriu.

– Olá senhorita Swan.

Era Edward.

– Ah, até que enfim uma companhia! Mesmo que não seja tão boa assim.

– Quando Damon me falou que você tinha caído da escada, eu não acreditei. — Ele ignorou o que eu havia falado.

– Eu me desiquilibrei ok?

– Não precisa fingir nada para mim Swan, eu te levei em casa, e sei muito bem como você estava ontem. — Ele me lançou aquele sorriso cínico.

– Isso não vem mais ao caso, Edward.

– É verdade, até porque não teve nenhuma consequência, aí não vem ao caso mesmo. — Bati nele com meu braço engessado e gemi de dor ao mesmo tempo em que ele.

– Ai! Minha chefa tá precisando ir para os alcoólicos anônimos! — Ele riu.

– Você tá muito ousado, senhor Cullen! Acho que tô criando um monstro!

– Bom, obrigado pela boa recepção, mas preciso que me deixe ir embora. Tenho que trabalhar. E ah, quer mandar algum recado para seus amigos do bar?

– Engraçadinho! Mesmo assim, er, obrigada pela visita.

– Pode repetir você agradecendo que eu preciso gravar e mostrar isso ao mundo!

– Deixa de ser imbecil Cullen! Esqueça, não agradeço mais nada!

– A gente se vê em breve, senhorita Swan. Estimo melhoras.

– Não falte ao estágio só porque eu não estou, auxilie Caroline juntamente com Damon.

– Sim senhorita. Boa tarde.

– Boa tarde Cullen idiota. — Ele saiu rindo.

Narração Edward


Assim que saí do quarto de Bella dou logo de cara com o promotor.

– Edward! — Ele pareceu surpreso. E deu muita ênfase ao meu nome com aquele sotaque feio dele.

– Olá senhor Mikaelson.

– Cara, pode me chamar de Niklaus ou Klaus, sem formalidades, por favor. — O que deu nele que estava sendo simpático?

– Tudo bem.

– Sabe me dizer como Isabella veio parar aqui? Eu sei que não vou conseguir arrancar nada dela, do jeito que é. — Ele torceu aquela boca feia dele.

– Olha senhor, quer dizer, Niklaus, se eu falar alguma coisa para você ela me corta a língua!

Ele riu. Otário.

– Então vou arriscar perguntar a ela.

– Boa sorte, eu tenho que ir.

Promotor idiota! Isabella imbecil! Casal sem graça!

Narração Bella


Assim que Edward saiu, Klaus entrou. Pegando-me de surpresa.

– Klaus! — Não pude esconder o quanto eu estava feliz por vê-lo.

– Vai me contar o que aconteceu? — Perguntou depositando um beijo suave em minha testa.

– Ai, ai, eu vou, mas... — Comecei a corar. Eu tenho que parar de ser louca! — Não me julgue senhor Mikaelson!

– Quando foi que eu te julguei senhorita Swan? — Ele me encarou sério com aqueles olhos azuis. — Antes, como está se sentindo? Eu sei, eu sei. Fraturou um braço e um pé, não deve estar muito bem. — Ele sorriu torto. — Bateu a cabeça? Não, porque você já é meio maluquinha. — Rimos juntos.

– Eu estou bem sim Klaus. Não sinto mais dor.

– Agora me conte como veio parar aqui?

Tomei coragem e fui sincera com ele. Falei que eu havia contado para Alice sobre nosso passado, que eu fiquei muito confusa com o que ele me dissera no meu escritório, que eu estava com medo do passado voltar à tona e eu me desiquilibrar novamente e que por conta de tudo isso — eu sabia que nada justificava essa minha atitude — eu acabei indo beber no Heineken’s Bar onde meu assistente trabalha. Ali exagerei, ele me trouxe até em casa, e foi aí que caí da escada por um descuido de Alice. Ah e também contei da uma semana que Alice pediu para que eu ficasse longe dele.

Klaus é um amor, ele não te olha com olhos julgadores, e sim com compreensão. Mesmo que eu tenha feito a pior besteira da minha vida, ele sempre me olha assim. Exceto com seus casos é claro, ele faz o que um promotor tem de fazer, acusar, ele muda muito, tem uma postura de profissional excelentíssima e o que eu estou fazendo pensando nele assim mesmo?

Foco Bella!

– Eu tenho uma parcela de culpa nisso.

– Não, você não tem culpa de minhas burradas! Eu sou uma pessoa inconsequente Klaus, olha o que eu faço comigo por não saber lidar com tudo ao mesmo tempo! Quebro-me toda! — Ele riu.

– Eu não sabia que você ficou tão impressionada com minhas palavras, Isabella.

– Mas eu fiquei, não só com suas palavras, como também com as de Alice. Mas enfim, essa minha queda me deu o que pensar, de novo, mas dessa vez eu tomei uma decisão.

Ele ergueu suas sobrancelhas. Vi espanto no seu olhar e também um pequeno vestígio de medo pelo o que eu pudesse falar.

– Sente-se aqui do meu lado, por favor. — Klaus se levantou e pôs-se ao meu lado.

Eu não falei nada por alguns segundos, só encostei minha cabeça em seu peito.

– Não sou muito boa com palavras Klaus. Você me conhece. — Passei a mão por sua barriga e subi até seu peito. O senti estremecer. Tomei fôlego, porque eu sabia que iria perder por alguns segundos, tomei coragem também porque não é todo dia que Bella faz isso. E falei: — Minha decisão é essa aqui. — O puxei pela gola de sua camisa branca e o beijei. Ele prontamente retribuiu. Senti sua língua urgente massageando a minha, ansiando querendo por mais. Seu corpo se virou contra o meu, e uma de suas mãos segurava minhas costas.

Descolamos nossas bocas ofegantes, querendo mais, querendo elevar aquele grau de intimidade. Nossos corpos um gritavam implorando pelo outro. Que sensação era aquela.

Lembrei-me das palavras de Alice:

‘’Bella ele é louco por você, é um cara bacana, lindo, muito gostoso, tem uma voz sedutora, é um cavalheiro, e vou repetir: é louco por você! Do que tem medo? Logo você a destemida Isabella Swan está assim por causa de um homem? Reveja seus conceitos amiga. Toma a direção nessa parte da sua vida, é o seu momento de se entregar e não ter medo disso, não ter medo de quebrar a cara, se não for ele o cara da sua vida, tudo bem, pelo menos vocês tentaram, se curtiram, se apaixonaram. A vida passa tão rápido como um piscar de olhos, não deixe para amanhã, faça hoje, faça agora. Dê as caras Bellinha. ‘’

– Eu vou dar as caras. — Sussurrei.

– Oi? — Perguntou Klaus confuso.

– Eu te odeio para não dizer o contrário. Por que você apareceu na minha vida de novo? Olha o que você faz! Coloca tudo de cabeça para baixo. Deixa-me vulnerável, estranha. Tudo o que eu mais temia Klaus, era que você aparecesse em minha vida e me desiquilibrasse, eu sabia que cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Por que o que eu sentia por você não acabou, nunca acabou apenas dormiu, e eu sempre lutei contra esse sentimento que no passado, vou ser sincera, acabou comigo.

– O que você sentia por mim antes que hoje reacendeu Bella? — Sua voz saíra rouca, porém firme.

– Eu já respondi a você. Já falei com um beijo a minha decisão. — Nos olhávamos intensamente.

– Não! Eu quero que você fale Isabella. Diga para mim, o que você sente por mim, o que você quer de mim.

Meu coração gelou, minhas mãos suaram, eu sabia o que era, mas não queria falar. Ele consegue sentir o quanto eu gosto dele, o quanto sou louca por ele, apenas por aquele beijo, mas mesmo assim ele quer ouvir de minha boca que eu sou apaixonada por ele, e que esse sentimento que arrebata voltou à tona, fazendo-me de vítima outra vez.

Puta que pariu! Eu me fodi literalmente. Paixão Isabella? P.A.I.X.Ã.O! Não se descontrole, coloque os pés no chão. Ah, segura na mão de Deus e vai!

– Klaus eu acho que... Estou é... Apaixonada por... Você.

– Você acha? — Ele perguntou indignado. — Eu não acho, eu tenho certeza. Agora deixe o achismo de lado e fale como a advogada imponente que não tem medo de ninguém, fale como ela fala.

Porra! O que ele quer com isso? Deve tá gravando, como diz o Cullen, para mostrar ao mundo. Isso não é justo, eu sou assim! Não digo que estou apaixonada, eu apenas sinto e pronto!

– Caralho Klaus! Eu sou louca por você!

– Oh que boquinha mais suja... — Falou isso já indo de encontro a meus lábios, mordendo-os. — E gostosa.

É claro que nos beijamos, e nos beijamos, e nos beijamos, ah e também... Nos beijamos.

Alguém aí tem noção do tamanho da raiva que eu estou sentindo por mim mesma? Nem queiram saber!

– E você o que sente por mim?

– Sério? Eu tenho mesmo que falar? Mas é tão difícil! Eu não consigo falar sobre isso, sai dos meus padrões! Minha língua vai cair se eu disse que sou um louco apaixonado pela senhorita Swan? Não, não vai cair. — Respondeu-me e logo em seguida me beijou outra vez.

– Sério Bella e Klausolino? — Perguntou Damon que estava parado na porta com um buquê de flores imenso, nos olhando de um jeito safado que só ele tem.

– Damon, você e Alice ganham nos apelidos ridículos! — Revirei os olhos.

– Somos fodas Bellinha! E aí como você está? Pelo jeito né? Deve estar bem aí né? Já que quase presenciei uma cena proibida para menores, o que eu me encontro nesse grupo. Vem cá agora é sério, juntos? — Ele apontou para mim e para Klaus divertidamente.

– O que você acha? — Sorri para ele que logo retribuiu.

– Klaus! Meus parabéns.

– Pare de ser idiota Damon.

– Tô falando sério Bella. Tu não é pra qualquer um não. Klaus você é um homem de fibra. — Todos nós rimos. — Ainda bem que pararam de fugir um do outro, alguém tinha que ceder, quem cedeu? Já sei! Klaus meu amigo, isso ficou por sua conta?

– Diz Bella que teve que cair da escada pra entender. — Damon riu.

– Aprendeu né Bellinha?

– Acho que sim. — Sorri matreira.

– Eu torço muito pela felicidade de vocês. Meus amigos. — Ele falava aquilo seriamente e com sinceridade. — Mas, bom, conversei com Elijah e ele me disse que certa paciente chegou aqui em coma alcoólico!

– Ai como seu irmão é exagerado, Klaus! — Fiz careta.

– Bella, nós teremos uma conversa sobre isso ok? Quando você já estiver em casa, não me escapa garotinha.

– Tudo bem, Damon. — Suspirei.

Damon é um cara fofo, brincalhão, agradável, mas na hora de falar sério ele fala o que tem para ser dito, não importando se vai doer ou não. Ele é responsável, se sente responsável por mim ali no escritório, mesmo eu sendo acionista majoritária, é ele quem me ajuda a manter meus pés no chão, quando eu flutuo demais, ou quando penso que a vida é somente festa e bebidas. Estão chocados? Vão me conhecer ainda mais.

– Obrigada pelas flores são lindas.

– Eu sei, eu sei. Tenho bom gosto. — Piscou para mim.

Acabei passando a noite sozinha.

Depois que as enfermeiras vieram trazer minha alimentação e os remédios, dormi pesarosamente.

[...]

Klaus havia me buscado no hospital e disse que passaria o dia todo comigo. Já que Alice não poderia porque tinha que estar resolvendo algumas coisas essa semana na boate. Eu disse que não precisava, mas sim eu precisava.

– Malditas muletas! — Praguejei enquanto subíamos no elevador.

Elevador!

Imagens de Edward vieram a minha mente, nós dois dentro daquele elevador, ele falando aquilo tudo, me deixando assustada. Maldito Cullen!

Mas o maldito até que era legal. Ok, somente para nós aqui.

Meu apartamento, minha caminha linda. Nunca me senti tão bem, isso porque eu só havia passado dois dias no hospital.

– Eu preciso de um banho.

– Quer ajuda? — Ele perguntou tão naturalmente que apenas assenti com a cabeça.

Ai meu Deus, no que esse banho vai resultar? Bella, ele não vai tomar banho com você, ele só vai te ajudar. Pare de pensar besteiras.

– Acho que é mais fácil na banheira, né? — Perguntou.

– É sim.

Um tempinho depois estávamos eu e ele naquele banheiro. Fiquei louca só de sentir suas mãos arrancarem minhas roupas. Deixando-me apenas de calcinha e sutiã.

– Você vai tomar banho assim? — Hmmm aquela voz rouca novamente, será? Olhei para baixo disfarçadamente, mas não, não era o que eu estava pensando.

– Não. Se você não se importa, pretendo tomar um banho decente. — Sorri sem graça.

– Bella, eu já sei de cor os traços do seu corpo. Já o vi nu tantas vezes! — Nossa como ele conseguiu falar isso com tanta naturalidade?

– Ok então. — Dei de ombros, mas corei absurdamente.

Ele me colocou delicadamente dentro da banheira. Olha que situação estranha, um pé meu estava para fora, assim como um braço, mas relaxei quando meu corpo pousou na água quente, e aquela espuma o cobriu.

Pedi para que Klaus lavasse os meus cabelos. Aquelas mãos maravilhosas e precisas massageavam meu couro cabeludo fazendo-me com que eu relaxasse.

Não pronunciamos nenhuma palavra. Até ele me retirar da banheira, secar meu corpo, me ajudar a colocar uma calcinha, meu pijama e por fim pentear meus cabelos.

O sono tinha chegado, acabei cochilando. Depois me deitei na cama e me aninhei ao seu peito. Ainda era de manhã.





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