In Love Forevercap7
“_Edward, isso seria mesmo
possível?
_Não sei Bella, temos
que voltar, Carlisle precisa te examinar urgente!
Rapidamente nossas
malas estavam feitas, nossos dias de completa felicidade fora interrompidos por
enjôos e tonturas, e por ultimo, uma mensagem do anjo que sempre me condizia a
voltar a viver, ele foi claro, eu estava carregando um filho, um filho de um
vampiro.
Durante a volta,
somente as lembranças de nosso casamento, de nossa realização vinham em minha
mente, e agora este fato que poderia estragar tudo.
Deixamos nossa
residência, a nossa casa não era tão grande quanto à de Carlisle e Esme, mas
era tão linda, olhava para trás à medida que nos afastávamos, algo em mim dizia
que seria a ultima vez que veria meu lar. Chegamos à casa dos Cullen e Carlisle
já nos esperava, Alice estava apavorada com meu futuro sumindo completamente.
Carlisle tinha
pesquisado muito e eram raros os casos em que as mães sobreviviam, e pior que
os Anjos permitiram, eles geralmente interferem neste ato, pois desde Caim fora
proibido o incubo, a gestação de vampiros.
O medo invadia meu
ser, de uma forma, e Edward teve outro tipo de medo.
_Bella não posso te
perder, sabe disso não sabe?
_Calma meu amor, não
vai.
Eu tentava acalmar a
ele, no entanto eu mesma estava apavorada.
Um dia quando quase
todos foram caçar, estava aos cuidados de Esme, mas estava sozinha no quarto
quando uma luz entrou pela janela, quando olhei uma mulher linda estava ali em
minha frente, ela era loira e jovem.
_Bella. Não tenha medo.
O medo me invadia,
sabia das regras dos anjos, e se estivem atrás de meu bebe, não poderia
suportar isso.
_Quem é você?
_Vim te trazer uma
mensagem, não temas minha querida, não vai ser feito nenhum mal pelas mãos dos
anjos a seu bebê, ele é a salvação, ele é o que todos esperam e você está
cumprindo seu destino Bella, e para isso deve cuidar dele.
_Mas posso morrer.
_Você sabe que pode
ser resolvido isso, sabe como pode não morrer.
_Mas não posso, eu não
posso ser uma vampira, eu...
_Eu sei querida, você
não podia, pois tinha que cumprir seu destino, mas agora já está a caminho e ele
vai precisar de proteção, muita, pois a outros que o querem morto, através de
seu filho Bella, a cura está a caminho, estará se cumprindo o que fora escrito,
a lendária Golconda está prestes a ser atingida.
A luz sumiu e a porta
do quarto foi aberta.
_Edward! Você já
voltou?
_Sim, não quero ficar
longe de você.
_Edward eu tenho algo
a lhe pedir, eu sei como não morrer quando o bebe nascer, você tem que me transformar.
(***)
Acordei assustada, olhei em volta e deparei-me com a janela
aberta, hoje eu sabia o que significava, senti o cheiro de meu quarto, e
identifiquei claramente a lavanda misturada com leve cheiro doce, coloquei meus
pés no chão, senti a brisa fria que a noite trazia.
Fui até a janela, olhei para fora, claro que não o veria, no
entanto o conhecia bem para saber que ainda não fora embora, conhecia sua
audição, então não foi mais que sussurros que foram saindo de meus lábios.
_Sei que está aí, e quero que saiba que me lembro, lembro de
tudo, lembro de nós, e lembro inclusive da promessa, lembro o que levou aquela
promessa, mas lembro-me de uma vida que você nem sabe que tive, e esta eu
gostaria de te contar, e se quiser continuar com a promessa, ficará a vontade,
mas não antes de nos dar a chance de uma conversa, Boa noite!
Fechei a janela, e voltei a me deitar, não esperava que ele
voltasse tão rápido, o conhecia bem para saber que ele necessitava de um tempo,
no entanto estava tranquila, desta vez as lembranças voltaram antes mesmo de
termos algo, antes mesmo de me apaixonar aos poucos por Edward, e ele
raciocinaria que isso era uma pequena mostra que não podíamos nos evitar, não
poderíamos tentar mais nos manter afastados.
O sono veio depressa, estava tranquila sem medos e com a
certeza que de alguma forma, Edward e eu teríamos uma conversa.
(***)
A dor me consumia, era
demasiadamente forte, sentia como se cada parte de meu corpo estivesse sendo
quebrada.
_Está na hora!- Alice
alertou.
Neste instante uma
corrente de ar entrou pela porta.
_Não! Edward Não!-
sabia o que estava entrando, eram elas as sombras, elas nos encontraram, e
justo naquele momento eles estavam todos muito fervorosos, sabia que estavam
perto, aqueles que queriam a morte do fruto que carregava.
Edward me carregou até
o quarto todo equipado, Carlisle não estava, havia ido caçar para se manter
forte, senti uma calma dentro de mim, uma paz como se tudo fosse dar certo.
Neste instante uma luz
invadiu o ambiente e a paz era maior que a paz que o dom de Jasper nos
proporcionava, ela era pura e verdadeira, já não sentia mais dor.
_Bella, não vou
conseguir sem Carlisle aqui!- O semblante de dor estava cravado nas feições de
Edward.
_Você vai meu amor, eu
confio em você.
Respirei fundo, e
senti uma agulha em meu braço, aos poucos sentia meus músculos relaxados, senti
quando Edward pegou o bisturi e cortou minha barriga, mas não estava sentindo
dor, ao meu lado olhei para uma luz que vinha, era linda, uma mulher sorria
para mim, por impulso ergui minha mão para tentar toca-la e foi em vão.
Sentia que estava
fraca, e meu coração aos poucos estava parando, foi quando ouvi um choro, foi
singelo, agudo e ao mesmo tempo lindo.
_Me deixe vê-lo Edward.
- foi só o que saiu de meus lábios, sentia-me cada vez mais fraca, a luz estava
ali ao meu lado e mais intensa.
_Bella, é uma menina.
- neste instante ele me olhou, e quando finalmente poderia pegar meu bebê nos
braços, Edward não o fez.
_Alice!! Alice!!
_Edward, já não tem
mais sombras, elas foram embora, oh nasceu. – A voz maravilhada de Alice
olhando meu bebê e eu não podia vê-lo.
_Pegue- a criança.
_Não, eu quero vê-la.-
Gritei com o pouco de força que me restava.
Edward não me deu
ouvidos, e entregou meu bebê nas mãos de Alice,
Alice por sua vez a
trouxe para perto de mim.
_É linda.- Nunca podia
imaginar amar de tal forma, era um amor profundo ao qual jamais achei que era
possível sentir, mas meu coração falhou, e senti que a vida já estava sendo
tragado de mim, Edward estava desesperado.
_Bella!!Não !!! - foi
quando tudo foi escurecendo.
_Edward cuide dela,
cuide dela com sua vida!- foi somente o que consegui dizer, tudo escureceu.
Acordei com o som do despertador, sabendo que hoje era
sábado, esqueci de reprogramá-lo, hoje não estava assustada com as imagens, e
nem com as lembranças, sabia o que se tratava, e sabia exatamente que esta era
uma das maiores dores que já senti em minha vida, mas eu tinha outra vida
agora, e teria que tentar concertar os erros do passado, pois esta foi uma vida
que fora me dada de presente, a qual eu nem merecia.
Depois de me trocar desci as escadas e encontrei meu pai
todo eufórico.
_Aonde vai?
_Vou pescar, os rapazes da delegacia juntaram uma turma, mas
se tiver problema de ficar sozinha eu fico.
_Não, ficar sozinha é bom e tenho que lavar roupa, fazer um
trabalho, coisas chatas, nem vou chegar a sentir sua falta
-Bem se é assim, se cuida, não venho para o almoço e a tarde
trago um peixe
-Espero que não tenha que limpar isso!
_Não mesmo, eu trago limpo, tudo bem.
Ele subiu em sua caminhonete e saiu, deixei de pensar em meu
sonho, eu não gostava das lembranças que viam a seguir, fui organizando a casa,
comecei pelos quartos, juntei as roupas, fiz tudo meio automático, liguei meu
MP3 e sorri com a ideia de que agora me lembrei de outras épocas onde a musica
era muito melhor, nenhuma que estava em meu play list me agrada mais,
continuei, e como estava totalmente relaxada tendo a certeza que se algo fosse
acontecer agora, eu estava tranquila, eu sabia a verdade, os sonhos não me
atormentavam mais.
Quando cheguei à sala, juntei um copo de cerveja, varri,
tirei o pó, fui até a cozinha e o ciclo da maquina já havia terminado, coloquei
a roupa na secadora, e voltei até a sala, me peguei cantarolando um rock algo que
a tempos, desde o inicio de meus pesadelos eu não o fazia, em seguida uma
musica que amava de paixão começou, era mais lenta e a letra era linda, ao som
de The
Corrs, cantando When The Stars Go
Blue.
Cantarolando eu estava livre, sentindo que mesmo os pesos
das vidas em meus ombros eram nada comparados com a nova chance que recebi dos
céus, eu poderia enfrentar tudo desta vez com a força que jamais tive, pelo
simples fato que não jogaria fora esta oportunidade de concertar erros do
passado.
Ao me virar, estava de olhos semi- abertos, e cantando, com
os fones no ouvido, me deparei com a visão mais perfeita que meus olhos podiam
ver.
Edward estava em minha frente, ali mesmo em minha cozinha,
eu simplesmente fiquei paralisada o olhando, era como o ver pela primeira vez
sempre, sua beleza não era comparada a nada, e a cada vida eu podia admirar
algo novo em suas feições.
Ele nada disse, simplesmente pegou uma mecha de meu cabelo
colocou atrás de minha orelha, a musica continuava a tocar em meus fones de
ouvido, ele somente olhava em meus olhos, neste instante percebi que se enchiam
de lagrimas, eu evitei piscar por tempo demais e quando o fiz senti uma lagrima
rolar em meu rosto, ele pegou com seu dedo a lagrima, e a colocou na boca, eu
sorri com o gesto, tão ele, sempre, meu sorriso fez com que seus olhos dourados
ganhassem um brilho intenso, o ouro era simplesmente liquido, e seus lábios
brotaram um sorriso, aquele sorriso ao qual eu amava intensamente.
Nenhuma palavra precisava ser dita, o silencio era nosso
companheiro de longa data, e nosso aliado em momentos de discórdia, pois não
era o fato de amá-lo que não tivéssemos divergência, sempre fui teimosa e
Edward protetor demasiadamente.
Deitei minha cabeça na palma de sua mão, sentindo gelada,
mas reconfortante, fechei meus olhos e senti sua outra mão passar por meus
cabelos.
Abri meus olhos e sua testa estava enrugada sorri com mais
um gesto tão dele, sempre, como senti falta disso.
Meu momento estava sendo prolongado, mas eu tinha que
senti-lo, então sem importar-se com sua reação, eu simplesmente o puxei para um
beijo, ele relutou de inicio, mas depois fosse como sentisse sede de meus
lábios, seu sabor, seu cheiro, seu toque tudo me fazia falta, era como
estivesse completa ali em seus braços.
Sentia o sabor doce do beijo, o sabor doce que era único
para mim, atreveu-me a deixar minha língua traçar o contorno do seu lábio liso,
senti que suas mãos agora estavam mais urgentes, elas traçavam o contorno de
minhas curvas, enquanto eu agarrava as poucas mechas soltas de seu cabelo que
estavam levemente compridos, eles estavam molhados por conta da leve garoa que
caia ao lado de fora, o beijo estava se tornando intenso, no momento em que
Edward bruscamente nos separou.
Olhei em seu semblante, estava aliviado, mas logo se tornou
duro, ele retirou os fones de meus ouvidos, delicadamente o mp3 foi retirado de
meu bolso, a agilidade de Edward era sempre impressionante, ele colocou-o na
mesa da cozinha,mas sem afastar nossos corpos em nenhum momento.
_Bella porque tem que ser assim? Tão teimosa e tão impetuosa
sempre. Porque tem que ser tão tentador permanecer ao seu lado?
_Meu caro senhor Cullen, por que estamos fadados a ficar juntos.
- as palavras sempre ditas da mesma forma, o fizeram ter mais dor em seu olhar.
_Então sua memória voltou?- ele fez uma pergunta em forma de
afirmação.
_Sim, toda ela.
_Tudo?- seu olhar foi de espanto, ele se afastou de mim.
_Exatamente tudo?
_Exatamente, lembro de nossas vidas, de nosso casamento e
até da estúpida promessa que lhe fiz fazer, inclusive o fato ao que me levou a
fazer esta promessa.
_E ainda está aqui, não quer me expulsar ou algo do gênero?
_Está é a ultima coisa que eu quero neste momento, Edward eu
pedi esta chance, e a ganhei, não a quero desperdiçar com detalhes aos quais só
nos fizeram sofrer, no entanto há situações as quais devem ser esclarecidas.
_Vamos.
Edward me pegou pelo braço e me direcionava ao lado de fora.
_Aonde vamos?
_ A um lugar que lhe fará ver se tem certeza desta decisão.
_Eu não preciso ir a lugar nenhum, eu estou bem, e tenho
plena certeza do que quero, eu quero nossa vida Edward, aquela que nos foi tirada,
e sem a dor de viver sem o ter ao meu lado.
_Mas preciso desta certeza.
Concordei com ele, mas insisti que me deixasse fechar a
casa, entrei em seu carro, e a todo o momento ele estava calado, sua expressão
era de dor, eu tinha plena certeza que não importasse o que ele me mostrasse,
eu estava certa de minha decisão, esta vida não seria desperdiçada, não mais.
Chegamos a uma estrada pouco freqüentada e avistei uma
trilha.
Como sempre Edward abriu a porta para mim, ele estendeu sua
mão, e como cavaleiro que sempre fora, fez uma reverencia, eu amava estes
gestos aos qual o tempo o não fizeram se perder.
_Posso?- ele fez um gesto para que me colocasse em suas
costas.
Fiz que sim com a cabeça.
Em segundos sentia que ele corria, era sempre a mesma
sensação, uma leve tontura, com a velocidade, mas ao tempo sentia que ali era
meu lugar preferido, coloquei meu rosto entre suas omoplatas escondendo do
vento gelado e das leves gotas que as arvores pingavam.
Edward me deixou no chão, e foi caminhando em direção a uma
luz, percebi uma clareira, e assim que me direcionei em sua direção, era
impressionante a semelhança, era igual a nossa campina na Europa.
Caminhei lentamente, observando e era exatamente igual.
Olhei para trás e Edward entrava em meu ponto de visão, ele
estava apreensivo, como se estar ali me fizesse mudar de ideia.
_O que pretende com isso? A única que conseguirá é me deixar
mais maravilhada, o simples fato de você encontrar um lugar como este me prova
que teremos sim que sempre estar juntos.
_Bella eu venho aqui sempre para me lembrar de minha
promessa, de que eu deveria me manter a todo custo afastado de você para não te
deixar sofrer.
_Está enganado Edward, eu estava enganada, não importa o que
façamos, o nosso destino é ficar juntos, não importa o que façamos para evitar
quando evitamos, sofremos pior, entenda, as minhas memorias não voltam somente
por te encontrar elas voltam para te encontrar.
_Mas e a perda? O que passamos? O que te fiz passar, o meu
erro?
_Edward nada vai apagar o que foi feito, mas não devemos
estar fadados a sofrer, eu sofri Edward, muito mais por estar longe de você, do
que sofri em todas minhas vidas morrendo, mas sempre sabia que havia a
esperança de te ver novamente, mas quando esta esperança estava findada por
conta desta promessa, minha vida foi ao fundo poço.
_Sua vida?
_Sim Edward, já deve ter feito as contas, Alice já deve ter
te feito pensar nisso, mas já parou para pensar o porquê desta vez demoramos a
se encontrar?
_Eu imagino que tenha tido outra vida!
_Sim e isto é o que eu você precisa saber, sobre esta minha
ultima vida.
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