sábado, 2 de fevereiro de 2013

Paixão em Forks II- 7 A dança


A dança
POV Edward
Musica:
A musica estava animada e eu tentava fazer paços adolescentes e me sentia patético, eu já não fingia ser um a tempos.
Quer dizer eu sou um adolescente só não sabia como me comportar com tal. E nestes tempos atuais está tão estranho ser um.
Ela se segurava, mas via em sua mente a vontade imensa de cantar e se sentir livre.
–Anda, vai, não adianta fingir. Eu sei que você tá maluquinha para cantar essa música.- A provoquei, eu lia em sua mente a imensa vontade.
–Eu! Não capaz depois de todo o MICO de hoje! Chega!
–Não é mico nenhum ser você mesma.
–Tudo bem eu quero mesmo cantar.
Ela começou a acompanhar a musica era linda tentando evitar que os outros a vissem. Ela balançava seus cabelos loiros e seu cheiro invadia minhas narinas, era tão atraente e convidativo.
Eu tentava agitar meus movimentos e sabia que não era ridículo um tio fazer tudo para agradar uma sobrinha, que alias era linda perfeita.
Eu nunca senti tanta vontade de voltar a ser adolescente como agora, mas eu estava fazendo o papel de um homem de quarenta e poucos anos com talvez muitas plásticas para sempre estar jovem.
Eu sabia que estava prestes a meu disfarce ir para os ares e logo teria que voltar a ser um e viver longe dela, mas vê-la ali tão solta e perfeita eu desejava não ter que me afastar nunca.
Como em sua mente a música estava antes mesmo de ser tocada, eu arrisquei a tentar cantar.
–O tio conhece Miranda Cosgrove?
–Não, mas estou tentando te mostrar que se pode se soltar e não ligar para os outros.
Eu não curtia este som novo, preferia bandas mais clássicas, mas tudo para deixar Belinha feliz e animada.
Quando a musica mudou o tom iniciou-se uma lenta e romântica e novamente uma cantora pop atual, Alice devia ter feito o serviço completo e pegado até os CDs de Belinha.
Ela estava prestes a deixar de dançar quando gentilmente a peguei pela cintura e entrelacei meus dedos nos seus.
POV Belinha.
Musica:
When I look to you – Miley Cyrus
Quando eu olho para você.
A música mudou de estilo e eu estava prestes a voltar para casa, quando Tio Edward me segurou de forma gentil pela cintura e entrelaçou os dedos nos meus.
–Esta eu acho que sei: é Miley Cyrus?
Em segredo aquela música se tornou a minha favorita a partir daquele momento.
–Acertou! Viu não é tão difícil o universo adolescente.
–Confesso que uma de minhas pacientes era adolescente e teve uma gravidez complicada e ela ouvia muito essa cantora.
Eu ri e arrisquei encostar a ponta do queixo em seu ombro; isso o fez suspirar alto e deslizar – talvez em uma reação involuntária – as pontas dos dedos pela curva da minha coluna. Então, foi a minha vez de respirar sonoramente.
Era estranho meu coração disparar daquela forma, ele era meu tio, certo que não o via sempre, mas céus estava muito bom aquela dança.
Conforme a melodia da canção nos envolvia, eu deixava meu corpo moldar-se ao de tio Edward, sentia sua rigidez, certa de que era desconforto por minhas reações exageradas a uma dança.
O que estava acontecendo? Por que eu estava desejando que Miley Cyrus nunca mais parasse de cantar When I look to you?
Minha cabeça estava confusa e eu só me dei conta de que estava com os olhos fixos no rosto de tio Edward quando ele levemente abriu sua boca para dizer meu nome.
–Belinha...
E então, a onda de magia desapareceu, juntamente com o tom suave da canção, cedendo espaço para um rock pesado que levantou metade dos garotos Quileuts que estavam entediados com a canção e os fez sair pulando como se estivessem levando um choque.
Com relutância, eu me afastei de tio Edward, eu não me lembrava do episódio que tinha me levado a isso. Ele quebrou a falta de palavras avisando que iria pegar refrigerante para mim e eu aceitei de bom grado.
Fiquei ali parada e observando todos que estavam espantados com a cena, eu mesma estava, era estranho e bissarro eu dançar com meu querido tio e me sentir tão a vontade em seus braços, era como se eu estivesse nos braços de um anjo.
Lembrei me de meus sonhos e do anjo que sempre aparecia, tentei organizar tudo de minha mente ao ver Tio Edward se aproximando com um copo de refresco para mim.
Tomei impulsivamente inteiro em um gole só.
–Belinha ... eu..
Era impressão minha ou ele também estava constrangido com tudo, era como se aquela dança tivesse sido um erro, eu novamente me senti envergonhada, nada disse deixei o copo nas mãos dele e fui para dentro de casa e rumo a meu quarto escutei alguns chamarem meu nome, meu pai tia Alice e até minha mãe, mas não respondi a ninguém fui diretamente e bati a porta a tranquei, sentei em minha escrivaninha, e abaixei minha cabeça em meus braços.
O que aconteceu hoje? Primeiro o episódio ridículo com Sam, e agora essa bizarra dança com tio Edward?
O que estava acontecendo.
Fui recorrer para aquele que era o único que me entendia.
Abri minha gaveta e peguei meu diário, e embaixo dele avistei uma foto minha no colo de tio Edward no meu aniversário de dez anos.
Eu estava com o vestido que tia Alice acabara de me dar, meus cabelos eram cacheados e percebi que o Tio Edward estava praticamente igual a o que é hoje.
Revirei meu quarto atrás da caixa de fotos e percebi que sempre estava igual.
Como poderia, ele praticamente tinha a mesma idade de meus pais, comparei as fotos com a foto de minha mãe no baile de formatura. Eu guardava esta foto, pois dizia a mim mesma um dia ser como minha mãe, popular e linda.
Eram iguais, sempre igual.
TO*TOC*TOC
–Sarah, abra a porta podemos conversar.
Levantei e abri a porta para minha mãe entrar, tínhamos muito que conversar.
POV Edward.
Como foi intensa a dança, eu sabia estar ultrapassando uma barreira, o que estava acontecendo? Eu devia evitar certas coisas.
Ainda mais que eu estava ali lendo em sua mente seus sentimentos ficarem confusos, e eu fui entrando em um jogo perigoso.
Enchi um copo de refrigerante, e caminhei lentamente aos paços humanos, e as mentes de todos estavam confusas com a cena.
“ AQUELE É TIO DELA?”
“MEU DEUS COM UM TIO DESTES, EU NEM SEI O QUE FARIA”
“ VOCÊ VIU COMO ELES DANÇAVAM?”
“ VI QUE ESTRANHO.”
Vi a idiotice que eu havia feito.
Cheguei até ela e entreguei o copo de refresco, o qual ela bebeu impulsivamente.
–Belinha ... eu..- queria me retratar, mas ela percebeu meu desconforto e interpretou mal a situação e se lançou a correr para seu quarto.
Percebi que a chamaram e nada dela vir.
–Edward o que aconteceu agora?
–Bella, eu estava tentando distraí-la e tudo ficou complicado.
–Complicado como?
Como explicar tudo.
–Bella, dançamos, só isto, mas ela esta sensível.
–Vamos agora falar com ela.
–acho melhor você que é mãe.
–Edward.
–Tudo bem- ergui as mãos me rendendo e a acompanhei até a porta de Belinha.
–Edward leia a mente dela e me diga como ela está.
Eu tentava não bisbilhota, mas devido aos fatos eu me sentia culpado, então vasculhei sua mente e o que vi não foi bom, ela estava vendo fotos minhas e desconfiando do porque de eu não envelhecer.
–Bella ela está com duvidas quanto a mim!
–Como assim?
–de o porque eu não envelhecer.
–Oh!
–Só isto?
–Edward ela vive em uma tribo cheia de lendas, eu já conversei com Jacob sobre isto e de quando contaríamos a verdade, e acho que a hora chegou.
Eu confiava em Bella e sabia que ela sabia o que seria certo fazer.

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