sábado, 2 de fevereiro de 2013

Paixão em Forks II- 23 Diferente


Diferente
“Sempre fui tratada diferente por todos, sempre fui excluída, hora por ser filha da mulher branca que meu pai escolheu, e assim eu nasci diferente dos da tribo, hora por ser a índia que chegou à escola nova e não se parecia com nada no estereótipo que pensavam, hora por ser a loba branca e que por ironia era a primeira Alpha mulher de toda história da tribo, depois por ser a loba que amava um vampiro, mas agora eu era diferente, e não me lamentava por isso, eu me senti única, e me senti presenteada por tudo que move este mundo do sobrenatural.”
Sarah Bella Black
_Podem todos se retirar, só por um momento? Eu quero falar com meus pais a sós.
Edward permaneceu de joelhos ao lado da minha cama.
_Edward você também, me deixe a sós com eles.
_Mas temos que estar juntos.
_Estaremos, daqui apouco, vá, faça os exames que Carlisle sugeriu, assim resolvemos o outro problema depois.
Eu sabia que estavam todos preocupados com o que realmente acontecera comigo, mas dentro de mim eu sentia uma paz, um alivio tão grande, que minhas preocupações eram com outras coisas.
Assim que ficamos a sós, encarei meu pai.
_Pai, o que tenho que falar, vai contra tudo o que acreditamos, vai contra até mesmo a própria natureza, mas você mais do que ninguém vai ter que entender.
_Sarah Black, não vai me dizer que você e esse sanguessuga querem ter alguma coisa?
_Jacob, deixe-a falar. -minha mãe estava aflita querendo saber logo de tudo.
_Pai, não só queremos ficar juntos, como não podemos nos separar mais, o que aconteceu comigo e Edward foi mágico e intenso.
_Sarah!!!! Isso não aconteceu?!!! Você e Edward, você..como pode? Como realmente pode acontecer algo assim.-Meu pai andava de um lado para o outro nervoso.
_Dá para alguém me explicar o que está acontecendo?
_Bella, eu posso querer matar o Edward por isso, posso até tentar proibir os dois, mas agora tudo que eu fizer não obterá resultado nenhum, não tem volta, oh Sarah, quer dizer, é ela teve um Imprinting por Edward.
_Não, como isso é possível, ele é um vampiro e você um lobo?
_Mamãe há alguma explicação coerente com respeito ao que acontece na tribo, com respeito com o que acontece com os Vampiros, e pai não foi um simples imprinting, foi mais que isso, foi duplo, sentido pelos dois ao mesmo tempo.
_Como assim minha filha, explique?
Meu pai ficou interessado, estranho como imaginei todas as suas reações, mas felizmente ele estava mais calmo do que poderia estar, mas a reação de minha mãe espantou mais.
_Pai, como Edward lê mentes, ele sentiu tudo, vivenciou tudo no exato momento em que tudo aconteceu, foi mágico. – neste momento minha mãe sem dirigir uma só palavra saiu do quarto.
_Filha não vou dizer que fico feliz, quando é mentira, isso é a última coisa que imaginava para você, mas não se pode fazer nada com respeito a isso, eu sei, vi as mentes dos lobos quando isso acontece.
_Mas a mamãe não aceitou muito bem isso. – abaixei a cabeça, seriam por quais motivos, ciúmes ou preocupação?
_Sarah, mas você sabe que há empecilhos, como você viu, quase morreu por causa do veneno, como isso vai dar certo?
_Pai, vem aqui. – o chamei para perto de mim e peguei sua mão._Eu sinto aqui dentro de mim, neste coração que agora por algum motivo, bate diferente, eu sinto que vai ter uma saída.
_Você está otimista agora, sempre foi tão pessimista.
_Eu mudei pai, e sinto que a mudança foi mental e física.
(***)
Saímos do quarto, eu me sentia revigorada, como se meu corpo fosse uma rocha sólida, observei que todos estavam esperando por informações, mas nem Edward e nem minha mãe estavam presentes, então aproveitei para fazer um pedido.
_Pai eu quero comer, até que todos estejam reunidos.
POV Edward
Peguei o sangue coletado da Belinha e me encaminhei novamente ao laboratório do hospital, desta vez entrei sem dar muitas explicações, eu estava com muita pressa.
Fiz todos os exames necessários e quando retirei da pequena impressora do laboratório o resultado, fiquei boquiaberto, mas somente com a ajuda de Carlisle eu teria a plena resposta de tudo.
Voltei correndo a La Push, ao entrar nos limites da casa dos Black, avistei Bella sozinha do lado de fora, e percebi que chorava.
_Bella? – O que faz aqui? Aconteceu algo com Belinha?
_Aconteceu Edward, claro que aconteceu, simplesmente minha filha e você…
Ela não conseguia terminar a frase, e soluçava em prantos.
_E o motivo para tanta tristeza é devido a que?
_Não sei, Edward realmente eu não sei, o porquê de eu ficar assim, o porquê de eu ainda sentir meu coração esmagado ao saber que você … –ela deu uma pausa- …Você vai seguir sua vida e ser feliz.
_Então é isso? Ao invés de você ficar preocupada com sua filha, você simplesmente sente ciúmes?
_Edward entenda, quando escolhi Jacob, eu fiz a escolha certa para mim, mas nunca imaginei como seria para você, mas a cada dia de minha vida, não teve um dia se quer que eu não tenha me perguntado, “E se…”
_Você é egoísta, o que você queria, bem que eu ficasse sempre te amando, enquanto você vivia, enquanto eu te via ter a vida perfeita com Jacob, sempre me fazendo estar aqui, de alguma forma não me libertando, e quando a vida me dá uma nova chance, você simplesmente sente ciúme?
_Eu sempre te amei Edward, de alguma forma.
_De uma forma egoísta, que tipo de amor é esse? Sabe o quanto me doeu ir a seu casamento. – vi que ela continuava a chorar, mas as palavras saiam sem dó de minha boca, e agora parecia que faziam sentido. _Sabe como eu vivi todo este tempo? Eu vegetava, eu simplesmente tentava passar cada maldito dia de minha existência tentando não pensar “E se…” você estava feliz e eu ficava feliz por isso, e isso Bella é amor, eu cheguei a cogitar que o dia de sua morte seria o meu último dia.
Ela permanecia calada, e nada dizia, foi quando ela quebrou o silêncio.
_Bem, acho que a vida está me cobrando agora, pois a ironia seria que a filha que eu trouxe ao mundo seria sua redenção.
_Bem Bella, não acho que a vida esteja lhe cobrando nada, você fez uma escolha e conviveu com as consequências dela, a viveu, e é assim que humanos vivem, de escolhas, já o que aconteceu comigo, foi mágico, algo de que não se foge, Bella eu amo Belinha, e não por ela ser sua filha, e não pelo simples fato deste imprinting eu a amo pelo que ela é, ela passou de uma menina inocente e pura a uma guerreira que passou por tantas coisas em tão pouco tempo.
_Eu sei disso Edward, e espero mesmo que sejam felizes, pois sei que ainda tem muitos obstáculos para vocês passarem.
_Eu tenho fé de que neste envelope. -ergui os exames de Belinha.- Esteja a resposta para nossos problemas, vamos entrar e ver o que Carlisle dirá deles.
Entramos, e assim que meus olhos encontraram os de Belinha eu fiquei aliviado, ela estava sorrindo, com um prato de comida nas mãos, eu sabia que estava completamente saudável e que se minhas desconfianças estivessem certas nós estaríamos com nossos problemas resolvidos.
_Então meu filho fez os exames?
_Sim, Carlisle agora pode me dar um auxilio, eu tenho algumas desconfianças, mas sua opinião seria mais conclusiva.
Saímos agora eu e Carlisle, lhe mostrei os exames e lhe disse de minhas desconfianças.
_O que acha Carlisle?
_Bem é um caso raro e único, mas como tudo que envolve nosso mundo isso é cabível.
_E quanto à imunidade, será que se pode ter certeza?
_Creio que com tudo que aconteceu, e ela não morreu, é quase 99% de chance de ela estar imune ao veneno agora.
_Era o que eu desconfiava, eu sabia Carlisle, alguma coisa me dizia que as coisas iam se encaixar.
_Quem diria que seria preciso uma confusão destas para isso.
Entramos novamente e todos estavam à espera de uma explicação.
_Bem, Carlisle explique você.
Neste momento eu vi novamente Carlisle falar como verdadeiro médico:
_Os resultados dos exames de Belinha, mostraram que sua contagem de cromossomos mudou.
_Como assim Carlisle?- Jacob estava impaciente.
_Sabemos que os humanos têm 23 pares de cromossomos, e que os vampiros têm 22, e os lobos 24. No caso de Belinha ela adquiriu neste episódio com o veneno, 22 pares de cromossomos.
_Então o que quer dizer? _Jacob continuava a interromper.
_Quer dizer que ocorreu uma mutação em seu organismo, ela recebeu uma dose de veneno, não significativa para morrer, mas quase, e o próprio veneno a salvou, mas sem parar seu coração, ela ainda é parte humana, é possivelmente um lobo, mas agora ela é imune ao veneno dos vampiros.
_Você está dizendo que eu agora não morro com o veneno? Ele não é mais mortal?-Vi os olhos de Belinha agora violetas brilharem.
_Mas como isso pode?-Jacob ainda não acreditava.
_Bem Jacob, sabe como funcionam as vacinas? Elas são o vírus, mas em pequena quantidade, assim fazendo o corpo ganhar resistência suficiente para atacar a doença, no caso de Belinha ela recebeu uma vacina e seu organismo criou uma defesa, ela é única, diferente de todos.
Observei quando Belinha se aproximou de mim, e me abraçou.
_Agora não há problema algum com nós.
_Não meu amor, não mais.
Beijei sua testa, e eu podia sentir a diferença, sua pele parecia lisa como a nossa, mas ainda muito quente.
Olhamos ao redor e vimos que isto realmente estava sendo aceito por todos.
_Que dar uma volta?
Perguntei a ela, que agora era minha vida.
_Quero.
Caminhávamos pela divisa da floresta, de mãos dadas, era tão natural agora como se fossemos feitos para isso.
Quando Belinha impetuosamente parou, e ficou na minha frente. Ela me encarou nos olhos, e em seguida sem nada dizer colou sua boca na minha.
Entendi sua necessidade, agora não tínhamos restrições, ela mordiscava meu lábio inferior, e eu repeti o gesto, sem culpa.
Senti quando ela soltou um leve gemido, minhas mãos passavam por sua cintura, e ela me puxava pelos cabelos e o beijo estava fogoso de mais.
Ela deixou meus lábios e foi ao meu pescoço, novamente me mordendo como uma gata selvagem, eu imediatamente sabendo da ausência dos riscos, repeti o gesto, sua pele do pescoço era lisa e macia, e sentia sua pulsação acelerar, mas uma idéia me veio a mente.
Então a afastei.
_O que foi Edward, agora que podemos sabe… tudo sem limites.
Eu sabia, mas também tinha certeza de uma coisa, se ia ser para sempre eu queria pelo menos desta vez fazer as coisas certas.
_Belinha eu tenho uma coisa para lhe pedir.

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