sábado, 2 de fevereiro de 2013

Paixão em Forks II- 17 Treinamento


Treinamento
Não foi fácil tentar me transformar novamente para chamar os outros, Edward se retirou e foi em busca de informações com Alice, era melhor assim não queria estar muito perto dele, Tânia estava vindo e pelo visto não vinha sozinha.
Estava em frente a minha casa em forma de Lobo quando os rapazes se aproximaram.
“O que foi isto Sarah?”
“Foi exatamente o que você sentiu, a minha voz de Alpha.”
“Você está louca, como pode, eu sou…”
“Não Sam, eu sou uma Black, lembre-se’
Ele não pode argumentar muito, e todos decidiram que teríamos que convocar uma reunião com o conselho.
Voltamos a nossa forma humana, e entramos em casa para falar com meu pai.
_Pai, podemos ter uma reunião com o conselho?
_Sim claro
_Mas tenho um pedido a fazer.
_Qual?
_Quero abrir uma exceção e nesta reunião abrir para vinda dos Cullens, eles tem todas as informações que necessitamos.
_Não mesmo, sanguessugas em nosso meio? Já bastam eles sempre estarem em sua casa. – Sam jr estava nervoso.
_Sam você não tem que opinar, eu estou pedindo a meu pai, chefe da tribo, e pense bem como saberemos como agir sem informações?
_Pegue você estas informações, não é você que fica por aí pelos cantos com ele?
Olhei em volta e percebi que meu pai entendia tudo, não fez nenhum comentário talvez por educação.
_Olha aqui, Sam Jr, você não tem o direito de falar assim comigo!
Então ficou resolvido que durante a reunião do conselho receberíamos os Cullens, e assim faríamos novamente uma aliança.
(***)
Em volta da fogueira estavam todos os membros do conselho, meu pai, Tio Paul, Quil, Jared, Sam e os novos membros da matilha, antes que começassem as histórias a avistamos chegando, Leah se aproximou e sentou-se ao meu lado.
_Esqueceu-se de me convidar?
_Não exatamente, eu sabia que ouviria e se quisesse estaria aqui.
_Bem a matilha tem um novo alpha, e eu acho que precisamos de mais forças femininas nesta tribo.
Como de costume depois de todas as lendas contadas por meu pai, Paul e Sam,íamos começar com os planejamentos, mas um cheiro forte e doce me atingiu e percebi que os outros também sentiram, meu sangue ferveu, e ao me virar fiquei perplexa.
Edward entrava no meio da roda acompanhado de Alice e Jasper, e mais dois vampiros, e eu reconheci um.
_Benjamim?
_Oi Sarah.
_Então você é o Vampiro que mencionaram estar em minha escola? Como não percebi antes?-tudo fez sentido como me senti na escola perto dele, seus olhos escuros, sua pele azeitonada.
_Sim, desculpe não ter contado,mas abrange regras de vampiro. E eu também estava preocupado com o fato de você pertencer a tal tribo de lobos, eu ainda não tinha noticias se eram nossos inimigos.
Senti-me traída novamente, Edward me escondeu mais uma coisa, era por este motivo que ele não queria eu me aproximando de Benjamim. Observei de leve pelo canto de meus olhos Edward se enrijecer pela aproximação de Benjamim a mim.
Ele me olhou com reprovação certamente lendo minhas conclusões, ou pelo simples fato de que não mudei meu comportamento com Benjamim.
Todos reunidos, procurei me manter longe de Edward, enquanto todas as informações eram passadas, Alice tinha visões parciais das intenções de Tânia, mas o que ela tinha certeza era que estava certa de uma visita de alguns membros da tal guarda volturi, que tratava de assuntos assim.
Decidimos nos preparar, e principalmente treinar, Alice deixou claro que em suas visões o concreto era que Tânia a todo custo queria minha mãe, Bella morta.
Se a guarda não resolvesse seu problema ela mesma o faria sem medir consequências.
(***)
Durante todo nosso treinamento procurei me manter longe de Edward, por dois motivos, o primeiro era que meu coração estava ferido e não aceitava toda situação, e segundo eu ainda o amava intensamente, e mesmo me tornando um lobo era inexplicável como não sentia repulsa de seu cheiro, era um ardor, mas ao mesmo tempo era tentador, como se algo em mim me puxasse para ele.
Minha luta interna com meus sentimentos era compartilhada com toda matilha, o que era inconveniente, mas agora além deles eu havia arrumado outro aliado, Benjamim.
Durante os dias que seguiram nenhum de nós foi à escola, e como sempre eu ainda era excluída entre as panelinhas quileutes, agora além da índia branca, eu era a loba branca que estava apaixonada por um vampiro.
_Você gosta muito de Edward, não é?- Benjamim com sua delicadeza me perguntou um dia durante vários exercícios e demonstrações de como vampiros agiam em uma luta.
_Você não tem ideia de como isso é frustrante e complicado, levaria uma eternidade para entender_ respondi a ele, enquanto observava Jasper demonstrar várias técnicas de ataque.
_Então me explique, eu tenho a eternidade! – ele sorriu para mim, sim ele estava se tornando um grande amigo.
_É frustrante gostar de alguém que você sabe amar outra pessoa, por mais que eu tente, querer achar que ele gosta de mim, sempre tem aquela voz dentro de mim alertando que eu sou só um reflexo do que ele imaginou viver com minha mãe.
_ E se não for assim? E se ele realmente te amar?
_Aí entra a parte Complicada, não há saída para nós, eu sou um lobo, e Edward um vampiro, é como se tentar juntar gasolina e fogo, a tragédia é certeza.
_Nunca te disseram que há sempre esperança para o amor? Veja hoje estamos aqui em uma aliança que a séculos seria impossível, no entanto quebrando todas as regras e contrariando a própria natureza estamos treinando juntos lobos e vampiros para proteger a um clã, uma tribo e em especial a uma humana em particular.
_No meu caso, essa regra não se aplica.
POV Edward.
Por mais que eu tentasse, Belinha não me dava chance, eu não tive um momento sequer para explicações, e se não fosse dor suficiente, ela estava sempre grudada em Benjamim, pela sua mente eu via que Belinha não estava pensando em nada mais que uma amizade, entretanto Benjamim por mais que estivesse sendo o perfeito cavalheiro, sua mente nutria aos poucos um sentimento por ela.
Tentava de várias formas evitar pensar nela, mas a cada a segundo eu tinha imagens nítidas de seu corpo nadando naquela cachoeira, de como sua pele quente queimava a ponta de meus dedos ao tocá-la.
_Vamos Edward, o treinamento começa cedo hoje.
_Jasper não vou, é torturante para mim estar tão próximo dela e ao mesmo tempo tão longe.
Meu irmão assentiu e desta vez somente Alice o acompanhou.
Sentei ao piano e deixei minha mente vagar enquanto meus dedos deslizavam as teclas.
A imagem dela aqui mesmo nesta casa, sentada inocente, me observando enquanto eu em uma tentativa desesperada de seduzi-la, tocava para ela, invadiam meus pensamentos.
O que parecia difícil, agora se tornara impossível, agora minha doce e inocente Belinha era uma impetuosa loba, voraz e valente.
Assumiu a responsabilidade da matilha mostrando força e liderança, treinava com habilidade, a cada movimento que a via fazer durante as estratégias de ataque que Jasper a ensinava, ela mostrava sua vitalidade.
Não pude deixar de pensar como ela seria em outros aspectos, se seria selvagem como um lobo em uma cama.
Meu Deus o que estou pensando? Ela mal falava comigo, ou melhor, não falava, tudo era transmitido através de Alice, e mesmo se falasse eu não saberia se a tocaria por conta de toda aquela história de nosso veneno ser mortal aos lobos, certamente essa voracidade dela na cama não seria vivida com um vampiro.
O dia se foi e sabia que junto com ele minhas esperanças se iam junto.
(***)
O telefone de Alice tocou e pude ouvir a voz de Belinha falando com ela.
_Alo.
“Tia Alice, preciso de um favor.
Sua voz ao telefone ainda era angelical e sensível, nada comparada com a loba voraz e impetuosa que ela estava sendo há semanas.
_Sim meu docinho o que deseja?
Alice ainda a tratava como criança.
“Meus pais precisam viajar urgente, e eu preciso comprar passagens o mais rápido possível, se é que me entende, você tem contatos?”
–Sim querida eu providencio, aonde eles vão e porque a pressa?
“Minha avó Renée está muito doente e ela quer ver minha mãe.”
_Entendo, e você não vai junto?
“Tia com tudo isso acontecendo eu jamais poderei me afastar de La Push.”
(**)
Alice providenciou as passagens, seria bom Bella fora da cidade, era uma pessoa a menos para nos preocuparmos. Mas uma ideia me surgiu, se Belinha finalmente ficasse um tempo sozinha, esse seria o tempo certo de pelo menos conversar e esclarecer as coisas.
POV Bella.
_Eu não vou me afastar da cidade agora, você está entrando uma guerra filha como vou te abandonar, sendo que esta guerra é toda e exclusivamente minha culpa?
_Mãe não fale assim, nada é sua culpa, ninguém tem culpa quando uma vampira louca coloca todos em uma guerra por puro capricho.
Senti a tensão nas palavras de Sarah, se tornava doloroso para ela falar de Edward, eu sabia a sensação, eu as vivi. Será que seus sentimentos eram parecidos com os meus? Ou será que definitivamente ela o amava mais que eu?
Minha mãe estava doente e eu teria de dar uma desculpa bem bolada para Sarah não estar conosco.
_Então seu pai fica para te ajudar.
_Não, o papai ajuda mais ficando ao seu lado, é melhor, por mais que ele tenha desistido do lobo, sabe que a qualquer sinal de risco ele pode mudar de idéia e aí te proteger.
_Como se eu precisasse de ajuda, qual vampiro iria Phoenix com todo aquele sol?
_Você não pode afirmar, segundo as visões de Alice ela tentará te matar a qualquer custo, ela iria ao inferno se possível só para te matar.
Por mais que ela escondesse era visível seu desconforto ao falar deste assunto, que lhe traria a tona seu sofrimento.
Minha filha estava ali, apaixonada pelo vampiro que um dia eu já fui, e que talvez em segredo sempre fosse, por esse motivo o tentei manter perto, tão perto que ele se achou no direito de ter minha filha.
Era errado eu estar sentindo este ciúme? Esta agonia no peito? De saber que fui trocada por minha filha? Ou Sarah estava certa e Edward só viu nela uma substituta?
Por todos estes anos sempre estive segura de minha escolha, mesmo sempre Edward aparecendo nestes anos, mas agora uma duvida me assola,ela tinha que se apaixonar por ele, seria egoísmo meu não permitir? Ou pior seria egoísmo eu ter ciúmes justo dela.
POV Belinha
Alice foi rápida com as passagens e estávamos carregando o porta mala do carro, quando meu pai me chamou.
_Aqui está.- ele estendeu uma chave prateada para mim, era de um carro.
_O que é isto?
_Sarah sei que já sabe dirigir, a via treinando escondido com meu carro, e sei que sua mãe andou lhe dando dicas, então você será responsável por meu bebê.
Isso seria maravilhoso, meu pai cofiando em mim, tá certo que depois desta coisa de alpha eu estava sendo a responsabilidade em pessoa, mas isso?
Pulei em seu pescoço o abraçando, e soltei em seguida depois de um gemido.
_Ui, desculpa pai às vezes esqueço-me desta força.
Ele riu, pois ficava envergonhado ao saber que sua garotinha tinha mais força que ele no momento.
Deixei meus pais no aeroporto e segui para casa, quando estacionei avistei ele parado em frente à porta de casa, eu não poderia evitar mais, teria que encará-lo,confrontá-lo e saber exatamente o que se passava em sua mente.
Desci do carro, e fui a sua direção, quando me aproximei o suficiente encarei seus olhos dourados que há semanas não os via de tão perto.
E aí tudo ficou diferente:
A terra saiu de meus pés.
Minha sensação era de que meu corpo fosse voar.
Era como se nada me segurasse na terra.
No entanto algo segurou.
Senti meu corpo como gravidade sendo puxado para terra firme
Mas não era a gravidade, era ele.
Aqueles olhos me seguravam ali, neste instante eu não respirava por mim
Eu não vivia por mim.
Eu não lutaria mais por mim nem por tribo e nem ao menos por minha mãe.
Mas lutaria!
Lutaria sim.
Lutaria por ELE.

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