quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CTM-7 Castigo


Estava sentindo-me presa, uma prisão que eu mesma havia me colocado, meus amigos percebiam, tentavam me alertar. Jacob deixou nosso apartamento e foi dividir o apartamento com José, eles abriram um estúdio em casa e ficava mais fácil morar no trabalho.

Kate era perceptiva de mais e sentiu todas as minhas mudanças, mesmo sem saber realmente como era minha relação com Cristian, ela notou todas minhas mudanças. Percebeu que toda vez que ia sair tinha que ligar e avisar, percebeu que se eu fosse em algum lugar que ele não gostava ou alguém que ele não aprovava eu ia embora e evitava certas saídas.
 Nem mesmo eu sabia que era tão visível estas mudanças. Estava em meu quarto fazendo um relatório de um manuscrito que recebera quando Kate entrou no quarto.
– Bella vamos ao Shopping? Pensei que teria que ligar para Cristian e avisar, olhei para o telefone e Kate se irritou.
 – Não, não. Você não vai ligar pedindo permissão para isso, vamos. – ela pegou meu celular das minhas mãos.
 – Pelo menos eu tenho que avisar Kate, se ele me ligar ou algo assim? Internamente sabia que não era tão simples, pois o fato de sair sem avisar saia das “Regras” e teria que aguentar alguma punição.
 – Bella qual é, vamos, só uma saída de amigas, a tempos que você não sabe o que é isso. Talvez uma saída rápida não faria mal algum.
 – Tudo bem, agora devolve meu celular.
 – Não, hoje você está sendo raptada, seu celular fica e seu Mac também. Ela fechou meu computador e o levou a seu quarto.
O passeio estava como de habitual, Kate e suas compras, de inicio estava apreensiva e tensa, mas com o passar das horas fiquei mais tranquila.
 Depois de comprar decidimos tomar uma cerveja com batatas, sentamos na praça de alimentação quando Jacob apareceu com José.
– Olá meninas, o que fazem perdidas por aqui?
 – Só compras. – Kate respondeu.
 Meu coração acelerou, Cristian não gostava da companhia de outros homens sem a presença dele
. – E você Bella, seu dono deixou você sair?
 – José fez uma brincadeira, mas senti o tom de sarcasmo nas palavras.
 – Às vezes ele me solta para passear. – respondi igualmente irônica.
 – Que nada tive que fazer uma intervenção e raptei Bella. Todos riam, mas a brincadeira tornou-se assunto sério.
– Bella você tem que se livrar deste homem, não te faz bem. – Jacob não sabia nem da metade.
– Vocês não entendem ele é somente super protetor.
– Super protetor e controlador. – José completou.
Quando estava entre meus amigos sabia que eles tinham razão, mas algo me puxava para Cristian. Logo que cheguei em casa deixei as sacolas na mesa de qualquer jeito.
 – Kate me devolve minhas coisas.
– Calma Bella. Ela voltou com meu celular em mãos.
– Vejo que o senhor controlador, está ansioso, ele te ligou muito. Caralho!
 – Me de aqui Kate. Peguei o Blackbarry vendo várias ligações, e-mails e mensagens.
 “Você não esta me atendendo, pense nas consequências.”
 Cristian sabia ser amedrontador em uma simples mensagem. Tratei de ligar para ele.
 “Bella”
 – Cristian.
 “Só esperava saber quando ia realmente resolver me ligar, como foi o passeio?
– Foi bom. – Cristian sabia meus passos sempre.
 “Você e Kate divertiram-se? Não podia esconder nada, sabia que ele estava a um passo de mim.
– Encontramos Jake e José, tomamos uma cerveja e comemos batata frita, tudo normal.
“Bella você vai descer agora, James a espera em frente ao seu prédio, você vai vir aqui agora.”
 – Mas não é fim de semana!
 – Não, mas você saiu fora de algumas ordens querida e creio que não conseguirei esperar até o fim de semana para resolver sua situação, você me irritou muito.
Vários tipo de medo ma invadiam, esperar até o fim de semana o daria tempo para acalmar-se, hoje, no entanto ele estaria furioso, qual castigo me aguardava, prendedores de seios, estes até eu gosto, mordaças? Bem estas também eu curto um pouco, não sei... mas sabia que algo me aguardava e só de pensar me arrepiava, engoli seco.
 – Tudo bem.
 – Tudo bem o que Bella?
 – Tudo bem, Mestre.
– Onde vai?
– Vou ver Cristian. – respondi nervosa a Kate.
– Ele ficou bravo de você sair hoje?
 – Não Kate, o que acha? Eu não avisei onde ia, não levei celular e fiquei incomunicável sem atender as milhares de ligações dele, não acho que ele não está bravo! Claro que está, vou lá falar com ele e resolver isso, não se preocupe.
 – Não me preocupar? Como? Você esta branca além do normal, o que vai fazer lá?
– Conversar!
 – Só isso?
 – Só, por que?
 – Bella olhe aqui, se ele te fizer mal, não somente fisicamente, se ele ousar te ferir com palavras ofensiva... aí dele se encostar um dedo em você, eu acabo com a reputação dele no jornal e ainda o mato.
 – Kate calma, vamos somente conversar.
 Entrei no carro e James nem me cumprimentou, Cristian devia ter descontado nele a sua ira. Chegamos ao prédio e entrei no elevador sentindo o suor se acumular em minhas mãos. Ao entrar no apartamento ele me recepcionou com um beijo.
 – Venha jante comigo. Sentei-me ao seu lado direto na mesa.
 – Calma querida, você está pálida, vamos conversar primeiro e se alimentar.
 – O mestre está muito bravo?
– Bella, você me irritou muito, vamos as faltas que foram muitas. Primeiro você não me aviou que ia sair, explique-se.
– Kate não deixou, ela pegou meu celular...
 – Como? Bella, Kate é seu Dono?
– Não.
 – Quem é?
 – Você
. – Bella desde que te conheci você faz coisas para os outros, lembra-se a entrevista, Kate te convenceu a fazer, ela te domina.
 – Não, ela não me domina, é uma amiga e eu faço favores a amigos, você nem sabe o que é amizade. Observei seu olhar e ele se enraiveceu mais.
– Hoje você deixou de fazer tantas coisas por culpa de quem? Da Kate, ela te domina sim, você não respondeu minhas ligações e mensagens porque estava sem o telefone, porque a Kate o tomou, você deixou de caminhar porque a Kate te levou ao shopping. Puta que pariu, tinha esquecido os exercícios, isso era mais uma falta.
 – Várias faltas, desculpe-me Mestre.
 – Agora não é hora para se desculpar, vamos, coma depois quero te encontrar no quarto de jogos, você vai estar somente de calcinha e sapatos, vai ficar na almofada ajoelhada esperando por mim. Sentia náuseas e não comi, Cristian retirou-se e foi ao escritório, eu fui até a sala de jogos e o esperei daquela forma. Estava ajoelhada somente de calcinha e sapatos, olhando para a parede, ele entrou, escutei a porta se abrir e fechar, ele apagou a luz principal e acendeu as mais fracas, escutei quando abriu a gaveta e chegou até mim. Ele amarrou uma venda em meus olhos.
 – Bella coloque as mãos para trás. Coloquei e ele as amarrou.
– Levante-se. – fiz o que ele mandou e por mais que o medo tomasse conta do meu ser, uma dose de expectativa me invadiu.
– Bella, você sabe que hoje suas faltas foram graves de mais.
– Sim Mestre. – Então você vai deitar em meu colo agora e vai receber seu castigo. Eu sabia que poderia ter palmadas e ate cintos em suas punições, no entanto até hoje ele nunca usou tais formas de castigo, a venda como privação de visão durante o sexo já fora usada, as algemas, prendedores de seios, mas isso era degradante, não imaginava como seria, mas sabia que não era para o prazer e sim para dor. Deitei em seu colo e senti-me vulnerável quando ele alisou meu bumbum.
– Bella, você cometeu Três faltas, saiu sem avisar, não atendeu o telefone e não fez os exercícios, são quatro cintadas para cada falta, num total de doze e eu quero que você conte.
 – Sim.
– Sim o que?
 – Sim Mestre. Ele começou.
– Um – a dor foi imensa, senti queimar a região.
– Dois – ele trocava os lados.
– Três – a dor era maior, as lagrimas começaram a escorrer.
 – Quatro...cinco...seis...sete...oito...nove...dez... Já não aguentava mais, a dor era grande, pensei em usar a palavra de segurança, mas não usei.
 – Onze... doze! Quando ele acabou, virou-me e jogou-me na cama, rasgando minha calcinha, senti seu membro duro entrando em mim, eu não estava no clima, mas pelo visto isto não o afetava, ele estava exilado com a surra que me deu. As lágrimas eram retidas pela venda, enquanto ele me penetrava... eu só queria que acabasse logo. Quando senti seu líquido me invadir, ele retirou minha venda e desamarrou-me.
– Bella, pelo amor de Deus você está chorando! A raiva me invadiu.
 – Você é um filho da puta desgraçado, nunca mais vai encostar em mim. Levantei e fui até o quarto de hóspedes nem peguei o roupão saindo nua, peguei a primeira roupa que encontrei e quando me aproximava da porta do apartamento ouvi sua voz.
– Bella espere.
– O que foi Cristian, não foi o suficiente?
 – Não imaginei que fosse ruim a este ponto, você não usou a palavra de segurança.
– E podia?
– Claro, para que serve a palavra de segurança se não para usá-la, eu já chaguei a 50 cintadas com uma submissa e nada aconteceu, não imaginei.
 – Porque? Porque precisa disto?
– Porque eu sou assim.
– Percebi que você se excitou com isto.
– Claro, para mim é excitante e gratificante. Não sabia como agir, nem o que falar.
 – Cristian se não fosse aquela merda de contrato eu nunca mais queria o ver.
 – Que se dane o contrato, faça o que achar melhor.
Senti-me livre, mas ao mesmo tempo com uma sensação de vazio. Desci e peguei um taxi, estava dolorida e marcada, no entanto sentia liberdade em mim. Cheguei em casa e Kate me esperava acordada.
 – O que houve Bella, você está chorando!
 – Acabou. Só disse isso e fui ao me quarto.
Durante o resto da semana fui trabalhar e quando chegava em casa trancava-me em meu quarto, estava desolada, Cristian me fazia falta de uma forma que eu não imaginava que faria.
O fim de semana foi o mais vazio desde que o conheci. Domingo uma ligação de um número desconhecido me tirou de minha depressão.
– Bella é a Mia, podemos nos ver? Combinei com a irmã de Cristian de encontrá-la em uma cafeteria.
 – Oi Mia!
 – Bella! – ela era animada e me abraçou forte.
 – O que foi?
 – Bella, é Cristian, sabe meu irmão não é muito de se abrir e nunca foi de demonstra sentimentos, mas ele está mal.
 – Mia, é complicado de mais. Por mais que ela insistisse eu não cedi.
 Fez um mês que terminei com Cristian quando Jacob veio ao meu apartamento com uma notícia.
 – Bella meu pai faleceu.
 – Jacob isto é horrível.
 – Bella, vou viajar para Forks. Você pode vir também?
Eu estava apertada nas economias, então fui até a editora pedir um adiantamento e avisar que precisava me ausentar por uns dias, expliquei a situação. Eles garantiram até o fim do dia me dar uma resposta, porém quando ia saindo do escritório me deparei com Cristian.
 – Bella, soube que está com problemas!
– Bem é Jacob, eu quero ir a Forks, a família dele é muito chegada a minha, meu pai deve estar arrasado.
 – Posso te ajudar?
 – Não precisa.
 – Eu quero, eu posso, eu tenho um jato a minha disposição e recursos, somente como amigo aceite.
Sabia que era estupidez recusar, ele estava oferecendo, mas aceitar coisas de Cristian era como fazer pacto com o diabo.

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