quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CTM-4- Que os jogos comessem


Mesmo eu estando sem acreditar no que acabara de fazer, foi só isto que bastou, quando percebi, já estávamos na porta de seu apartamento.

– Bella, saiba que a partir desta porta serei seu Dono e você será minha.


– Senhor Grey, concordei em conhecer e não que iria aceitar.

– Sim, mas nada melhor para conhecer algo do que fazendo parte.

Então fiquei decidida a entrar totalmente neste jogo ao vê-lo abrir a porta, entramos e ele me direcionou ao segundo andar. Seu apartamento era digno de um magnata, decorado com móveis finos, quadros caros e no segundo andar varias portas, onde ele me encaminhou a última porta do corredor.

– Aqui é minha sala de jogos. – quando ele falou isso um arrepio me invadiu, o que estaria por traz daquela porta? A expectativa me invadiu, a mulher que acabara de surgir dentro de mim se contorcia. Ele abriu a porta e acendeu uma luz, o quarto era composto de uma cama enorme, onde continha ganchos. Entrei e analisei os vários acessórios, que graças a minha pesquisa, sabia para que serviam.

– Veja bem Bella, eu não faço amor, não faço sexo, isso é simples de mais para mim, eu Fodo, e fodo duro.

Encarei seu olhar e percebi que ali dentro daquele quarto ele se tornava outra pessoa, seus olhos eram mais que lascivos, eram profundos, devoradores.

Ele retirou sua gravata e observou-me em meu tour pelos seus brinquedos eróticos. Chicotes, máscaras, algemas, correntes... parecia surreal, demorei-me no chicote lembrando do meu sonho com ele e imaginei-me naquela cama, se realmente um instrumento naturalmente feito para causar dor poderia dar prazer.

– Tem certeza que quer começar? Um aviso: no instante em que começarmos não há mais volta.

– Mas e a palavra segura, li algo sobre isso.

– Sim, sempre terá uma palavra de segurança, quando quiser parar e quando for longe de mais, porém eu não gosto muito delas, sendo assim se usá-la acaba no instante em que pronunciá-la e nunca mais teremos este jogo. Um medo me invadiu, não eu nem tinha provado este jogo, mas queria não ter que parar, só o fato de não ter mais a oportunidade com Grey foi aterrorizante.

– Tudo bem, eu aceito.

– Bella sei que leu muito sobre o assunto, no entanto vou ser condescendente com seus erros por ora, até te treinar, aqui dentro sou seu Mestre.

– Sim Mestre. – falei com tom de deboche e desviei os olhos, era ridículo esta forma de tratar alguém.

– Assim querida, no entanto você desviou o seu olhar, isso é uma falta, como disse vou deixar passar somente desta vez, não desvie os olhos de mim, somente quando eu mandar.

– Sim mestre – desta vez falei séria e olhando em seus olhos. Grey desabotoou sua camisa e ficou somente com as calças, retirando os sapatos.

– Vire-se. – ele ordenou – E segure no mastro da cama. A cama tinha pilares em volta que pelo visto eram para sustentar correntes, segurei firme e quando ele se aproximou de mim colocou a mão em minha cintura, lembrei-me de que estava sem calcinha. – Você começou este jogo senhorita Swan. – ele pegou no bolso a minha calcinha e jogou na cama. – Lembra-se.

Concordei com a cabeça, sabendo que algo estava por vir. Meu pescoço estava a mostra por conta do penteado que Kate fez em meus cabelos, ele então se aproximou e mordeu o lóbulo de minha orelha, como conseguia isso, meu corpo todo reagiu a tal estímulo, era como se somente estes dentes estivessem por ele todo. Ele desceu com os dentes e mordeu de leve meu pescoço.

– Senhorita Swan, aviso, que não vou ser calmo e nem gentil. Neste instante suas mãos erguiam meu vestido, senti que sua mão chegou em minha intimidade, que já estava úmida por tanta nostalgia.

– Realmente você quer, mas aviso: não goze sem eu mandar. – Como faria isso? Nem imaginava, somente concordei com a cabeça. Senti seus dedos me tocando por traz e minhas pernas foram ficando mole, tentei segurar meu peso no mastro da cama. Senti ele colocar um dedo em mim, segurei meu prazer, era estranho fazer isso.

– Alerto, não goze ou terá consequências. – ele sussurrava em meu ouvido e o simples sentir de seu hálito quente fez com que eu não conseguisse segurar, quando senti mais dedos em mim, meu corpo se contraiu e senti o orgasmo vindo, ele me advertiu, mas foi em vão, estava desfalecida.

– Avisei que se gozasse antes de eu mandar teria consequências.

Neste instante percebi que seu membro estava totalmente de fora, desviei meu olhar rapidamente antes que ele percebesse, escutei um rasgar de pacote de um preservativo. Foi então que ele me penetrou de uma só vez, forte duro sem dó, seu membro era grande e senti um pouco de dor, gemi.

– Isso, você merece, te disse para não gozar antes que eu mandasse. Se este era um castigo, era um bom castigo, pois mesmo sendo forte e sem dó, era bom, muito bom, minhas pernas ainda estavam em falso por conta do orgasmo, mas ele não tinha piedade, me estocava com força. Senti que mais um orgasmo atingia, ele me advertiu, como este homem era experiente sabia até quando uma mulher ia gozar.

– Calma, Swan, você já vai poder se aliviar. Ele juntou meu corpo com força com as duas mãos e eu continuava com meus braços apoiados no mastro, mais forte e mais forte, quando ele me liberou, senti que ele se liberava também. Estava ali em pé ainda de vestido, sentindo as pernas bambas e querendo desesperadamente deitar e descansar, mas Cristian estava longe disso.

– Retire seu vestido. – Sim mestre. Retirei o vestido, ele disse para manter os sapatos, ele deu a volta ao redor de mim e foi até a prateleira dos chicotes, pegando um pequeno e de couro. Meu coração saltou pela boca e ele voltou, passando o chicote em minha intimidade, novamente meu corpo pedia mais... oh céus como ele conseguia com que eu ficasse novamente excitada depois de dois orgasmos. Queria deitar e ter alivio na cama, mas acho que não era seus planos e percebi que ele nem chegou perto de meus lábios, nada de beijos, como isso?

– Senhorita Swan, quero ver sua desenvoltura e elasticidade, quero que alcance seus tornozelos se curvando. Inclinei-me e peguei meus tornozelos, eu não era uma boa ginasta, no entanto fui bem, minha posição era entregue, eu estava ali sem roupas somente de sutiã e sapatos, me curvando, com as mãos no tornozelo. Ele dava voltas e observava-me, foi quando sem aviso senti um estalar, o chicote bateu contra minha intimidade inchada pelo sexo, por traz.

– AÍ. – foi o que disse. – Swan, sinta o prazer não a dor, a uma linha tênue entre o prazer e a dor, basta você liberar esta linha. Ele mais uma vez chicoteou, mantive minha mente no ponto quente de meu corpo, e sim, o prazer foi maior que a dor agora, mais uma e em seguida eu estava sentindo escorrer entre minhas pernas meu liquido, sim eu estava prestes a gozar somente sendo chicoteada. Cristian parou neste instante e a privação do orgasmo era muito grande, não me movi e ele continuou observando, quando vi ele tirar seu membro para fora, estava duro e pronto, como, este homem era de mais.

Ele voltou atrás de mim e mais um preservativo foi aberto, senti seu membro me penetrar forte novamente, minha intimidade estava inchada e sensível, e a sensação era mais forte desta vez, ele não me mandou segurar quando o orgasmo veio, senti que não aguentava mais.

Swan, creio que para uma primeira experiência esta de bom tamanho, ali tem um banheiro, fique vontade, espero você lá embaixo. Ele falou frio, nem parecia que acabara de ter relações. Será que não fui a altura? Será que Cristian não sentiu prazer o suficiente?

Um sentimento de frustração invadiu meu ser. Depois de me lavar coloquei minha roupa e fui até a sala. Ele estava próximo a janela calado, meus medos voltavam, não igual ao de punição, mas o de insatisfação, será que estou a altura deste homem?

– Senhorita Swan, quero elogiar sua performance, confesso que me surpreendi. – ouvi sua voz e suspirei aliviada.

– Obrigada mestre.

– Não precisa me chamar assim fora da sala de jogos, não por ora.

– Ok.

– Vamos aos fatos, você teve uma prova, agora resta saber se quer continuar, mas para isso não quero a resposta agora, quero amanhã em um jantar.

– Tudo bem.

– Leve esta cópia do contrato e me diga se terei que mudar algo, contudo há muitas coisas que eu não mudo e que não são discutíveis, no entanto algumas são facilmente negociáveis.

– Contrato?

– Sim, senhorita Swan, veja sou um homem poderoso e de negócios, muitas de minhas submissas sabem onde estão se metendo e são do meio da comunidade, no entanto você é nova e não faz ideia de tudo que envolve este mundo, eu não quero problemas depois, você percebeu que hoje fui light, vamos assim dizer, muitos daqueles brinquedos podem machucar e assim não quero ter um processo por agressão, o contrato serve para mostrar que você esta ciente de tudo que pode acontecer.

Light, se isto foi light eu tenho mesmo que pensar e ainda me preparar.

– Tudo bem, eu leio o contrato e lhe dou a resposta amanhã, posso te fazer uma pergunta?

– Pode.

– Porque nós não nos beijamos.

– Swan... – ele sorriu de lado – ...você tem que merecer certos atos de carinho, isso com o tempo.

– Você faz isso com todas suas submissas?

– Não, nunca cheguei a beijar nenhuma, só tenho uma exceção.

– Posso saber qual?

– Não, é pessoal. Sai de lá com meu corpo dolorido, coloquei o contrato em minha bolsa e o motorista de Cristian me levou para casa.


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